sexta-feira, 13 de agosto de 2010

ANOTE AÍ - Dicas culturais

Oi gente, estive viajando a semana passada e não tive como aparecer no blog. Peço desculpas.Para que eu seja desculpada vou dar algumas dicas culturais para quem vai visitar Salvador. Todas as dicas sob o meu aval.

Bom! Minha primeira dica, ou melhor, ordem é a exposição de Auguste Rodin. A mostra ocorre no Palacete das Artes, na Rua da Graça,  bairro da Graça. As obras foram emprestadas pelo Museu Rodin de Paris por três anos. Nunca as peças do escultor ficaram tanto tempo fora da França. Então, é bom não perder esta oportunidade.

As esculturas expostas em Salvador são matrizes em gesso que o pai da escultura moderna fez antes de produzir suas obras em bronze ou mármore. Ou seja, as obras ali expostas foram as realmente moldadas por Rodin.

Entre as matrizes estão algumas das famosas obras de Rodin como "O Pensador", "O Beijo" e "Eva". No total, são 62 obras originais que fazem parte da exposição.


Tenho que confessar uma coisa, eu fiquei meio bestificada ao estar frente a frente com “O pensador”. Aquela obra imponente tão perto de mim. Precisei tomar fôlego antes de entrar na sala onde ele esta presente. Mesmo não sendo a obra mais bela para mim, não posso negar que “O Pensador” cause uma sensação incrível. Ao sentirmos as obras entendemos uma frase de Rodin: “O espírito esboça, mas é o coração que modela.”


“O beijo” é a obra que acho mais bela e sublime.  Supõe-se que Rodin tomou como modelo a escultora Camille Claudel, sua aluna, assistente e amante. Falei da minha admiração por Camille em um post de abril. Diante da beleza da obra de Rodin esqueci que tinha tomado as dores de Camille por todo o sofrimento que ele causou a ela. Vida pessoal a parte, não tem como não reconhecer a beleza das obras deste grande escultor.


Vou parar de falar de Rodin e vamos para a segunda dica.


A segunda sugestão é assistir a peça “Oficina Condensada” com Rita Assemany. É uma hora e meia de muito riso. Quando Rita entra em cena, lembrando aquelas cafonas professoras dos antigos ginásios, já é um número a parte. Envolve o público durante todo o espetáculo em brincadeiras com grande naturalidade. A personagem é Dona Ivone, professora universitária que precisa vender bugigangas aos alunos para compensar o baixo salário. Ela da uma conferência mostrando a condição da mulher em diferentes épocas. A peça, no fundo, é uma comédia com grande seriedade. Se não der para assistir lá em Salvador, deixe para assistir aqui. A FMB esta negociando a vinda de Oficina Condensada para a nossa cidade.




O terceiro toque é ver a peça “Os cafajeste”. Mas não precisa ver em Salvador não. È só esperar eles virem para Conquista. Estaremos trazendo eles, pela segunda vez, em Novembro. Em Dezembro do ano passado, a apresentação foi um sucesso. Casa lotada e o público satisfeitíssimo e mais um tanto de gente voltando porque já não tinha mais ingresso à venda.


“Quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar, que de manhã cedo me acorde na hora de trabalhar...” é nesse clima de brincadeira que  a premiada comédia musical começa.

O espetáculo tem um olhar divertido e caricato sobre o universo masculino. É muito boa. Nós mulheres nem ficamos tão chateadas com o deboche  que sofremos  pelos machistas de carteirinha Onório (Renato Fechine), Estevão (Rafael Medrado), Alencar (Marcelo Timbó) e Alfredinho (Daniel Rabelo). A atuação de Rafael e Daniel é um espetáculo à parte.


“A peça é um deboche, um exagero. Reúne todos os clichês machistas e radicaliza. Mas os machões acabam reverenciando as mulheres no fim das contas”, diz Guerreiro.



Tanto “Oficina Condensada” como “Os cafajestes” têm a direção de Fernando Guerreiro e texto de Aninha Franco. Só isto explica o sucesso de público e de crítica.

A última sugestão é a mais nova montagem  da Cia. Baiana de Patifaria: Siricotico, uma comédia do balacobaco. Quem já assistiu A Bofetada das vezes que trouxemos  para Conquista vai concordar que a Cia. Baiana de Patifaria é um sucesso.


O espetáculo é certeza absoluta de boas risadas. Em cena, os atores Lelo Filho, Jarbas Oliver, Nilson Rocha e Alexandre Moreira vivem 22 personagens inspirados nas comédias clássicas de Moliére, Goldoni e Pirandello. Eles trocam de roupas tão rápido que nem acreditamos que só são quatro personagens em cena.

Jarbas esta uma coisa no papel da espevitada Amparo Bandalarga, com bordão “problema-monstro’’. É só ela entar em cena que caímos na risada. Lelo, no papel de Elisabeth Tailo, nos lembra Fanta Maria. 


“Cheia de reviravoltas e surpresas, a história narra as aventuras da trupe teatral Os Tartufos, formada por atores mambembes que desejam manter-se em cena no teatro de uma província chamada Siricotico. Endividado, o grupo perde três de seus integrantes, que migram para tentar o sucesso na Corte. A solução encontrada para estrear um novo sucesso é pedir patrocínio a um empresário espertalhão, que garante ajuda desde que sua filha, aspirante a atriz, seja a estrela do espetáculo. Pra aumentar a confusão, uma diva dos palcos da Corte  é convidada para integrar o novo elenco, garantindo altas doses de humor em meio aos bastidores de uma montagem teatral – com direito a crises artísticas, testes de elenco, brigas de ego e uma estreia nada ortodoxa.”(fonte: www.cultura.acontecebahia.com.br).


Vale  muuuuito a pena conferir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fale agora