segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Estrangeiro


GUILHERME LEME
VEM A VITÓRIA DA CONQUISTA COM A PEÇA
"O ESTRANGEIRO"


A montagem da peça é baseada em um dos mais famosos romances do século XX, O Estrangeiro, do escritor francês Albert Camus. Dirigida por Vera Holtz e estrelada por Guilherme Leme.

O espetáculo faz curta temporada no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima nos dias 01, 02 de maio, as 20h, depois de ser sucesso de público nos palcos cariocas.

A peça narra a história de Meursault, um homem que leva uma vida vazia. Em um dia , recebe a notícia da morte da mãe, comete um crime, é preso, julgado.Tudo acontece, sem sentido. E ele é guiado pelo acaso da vida. Em todas as circunstâncias ele age indiferente, como se ele não tivesse a real dimensão de suas atitudes.

No velório da mãe, Meursault se comporta de maneira estranha. Ele não chora, não se desespera, não demonstra nenhum sentimento de tristeza diante da perda. Todos os presentes condenam sua atitude. No dia posterior, mais atitudes estranhas acontecem, ele vai ao cinema com uma amiga e terminam a noite dormindo juntos.Passados alguns dias ele passeia na praia e mata um árabe. Simplesmente mata, tranquilamente apontou o revólver, puxou o gatilho e quando viu o corpo no chão ainda deu mais três tiros. É preso e no dia do júri ao ser questionado o motivo do assassinato ele simplesmente disse que fazia calor.

O absurdo se faz presente. E é o absurdo o foco da obra de Camus.

O absurdo não para por aí. Na prisão, esperando o momento da execução da pena de morte, um padre vai ao seu encontro para que Meursault se confesse e se arrependa de seus pecados. Mas, sem nenhum remorso ele nega Cristo e agride o sacerdote já que este enfurecido com a presença do mesmo. Sente alegria por seu ato. Pela primeira vez, ele demonstra sentimento, sai da inércia moral que se encontrava antes.

Meursault não encontra explicação nem consolo para os acontecimentos em sua trajetória, tudo ocorre à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara e se angustia diante da liberdade e do absurdo. “Além de ser uma narrativa seca das desventuras de Meursault, condenado à morte por matar um árabe, é também uma autobiografia de todo mundo, do homem contemporâneo”, conclui Guilherme Leme.

Durante todo o espetáculo o público é envolvido pela narrativa. Agonia,assusta. E faz o público pensar que a humanidade também caminha para a indiferença.

Fonte: Correio do Povo

Ficha Técnica:

Texto: Albert Camus
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Direção: Vera Holtz e Guilherme Leme
Atuação: Guilherme Leme
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenografia: Aurora dos Campos
Trilha e Música Incidental: Marcelo H:

Serviço:
Realização: Fmb Produções.
Data: 01 e 02 de maio
Horário: 20h
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos.


3 comentários:

  1. As criticas são ótimas, não perco!

    Beijos Ana

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  2. Olá Sara.
    O valor do ingresso será:
    30,00 (inteira)
    15,00 (meia)
    Quando colocar os ingressos a venda informarei.
    Continue acessando o blog.
    Vai rolar promoção.
    Abraços.

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