Ontem, estreou a novela Passione...não, não vou falar de novela, mas, da abertura da novela.A abertura é uma filmagem de uma escultura gigante feita pelo artista plástico Vik Muniz. Ele usou, nesta obra, 4,5 toneladas de sucata.
Vik Muniz é uma dos artistas contemporâneos que tem grande visibilidade no mundo da arte. Tem obras nos principais museus de arte contemporânea do mundo.
É um artista plástico brasileiro conhecido no mundo inteiro. O trabalho que rendeu esse reconhecimento foi a série “Crianças de Açúcar”, onde ele primeiro fotografou diversas crianças, depois reorganizou a imagem delas utilizando açúcar como pigmento, e novamente fotografou as obras acabadas. Foram estes retratos, então expostos em uma pequena galeria de Nova Iorque, que chamou a atenção do crítico de arte Charles Haggan, colunista do New York Times. O artigo publicado foi o passaporte para o ingresso de Vik na lista dos artistas oficiais dos museus internacionais.
Ele usa, nas suas obras, elementos como algodão, chocolate, açúcar, arame, terra, barbante, especiarias, sucatas, gel, mel, poeira e muitos outros, e de uma maneira criativa, produz obras que impressionam pela inovação e mais ainda pela técnica. Ele mesmo afirma que a ênfase de seus trabalhos não são exatamente as substâncias que ele usa em sua execução, mas a combinação do material com o tema. O fato de usar substâncias novas, na produção de obras de arte é uma tendência que começou desde os anos 1950.
Para etendermos melhor esta ligação do material com o tema é só analisarmos a obra "Crianças de açucar" que retratam as crianças que trabalham nas plantações de açucar, no Caribe.
A obra, ao lado, Emerson da série "Aftermath" que traz fotos de meninos de rua retratados com lixo do carnaval como bitucas de cigarro, confetes, serpentinas amassadas, tampinhas de cerveja, vidros quebrados e pedaços de madeira é um outro exemplo da relação material e tema.
Ao capturar a imagem de um menino, de um ambiente, de uma cena comum do cotidiano, a fotografia reproduz um fragmento da realidade das cidades brasileiras. Recortada e transportada para outro espaço criado pelo artista, ela mostra um momento de introspecção da realidade que o artista registra, se apropria e reconstrói para lançar à reflexão e a crítica de outros olhares. Esta obra nos leva à concepção de que “... a arte não deve representar a aparência da realidade, mas captar e representar-apresentar esteticamente sua essência,com a intenção de possibilitar sua apreensão pela consciência."( LUKÁCS PEIXOTO)
Vale ressaltar que parte da renda da venda das obras que ele retrata problemas sociais são doadas para instituições que cuidam de crianças e adolescentes carentes.
O trabalho mais barato de Vik custa 5 mil doláres.
Um trabalho dele conhecido de todos nós é a capa do CD "Tribalistas".
Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com materiais perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las. É a fotografia o material final de todo o seu trabalho.
Vejamos outras obras:
Para saber um pouco mais de Vik, acesse o site:http://www.vikmuniz.net
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