quinta-feira, 29 de abril de 2010
VEM AÍ, DECAMERON!
A PROMOÇÃO ACABARÁ AMANHÃ
http://www.youtube.com/watch?v=OCz1MnzgTkQ
domingo, 25 de abril de 2010
ANOTE AÍ - Uma boa dica de som
sexta-feira, 23 de abril de 2010
PROMOÇÃO
Valor: 30,00(Inteira) 15,00 (meia)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Divagando - Fotografias de Edward Burtynsky
segunda-feira, 19 de abril de 2010
ANOTE AÍ - Visite a exposição: Salvador no meio da noite
sexta-feira, 16 de abril de 2010
O Estrangeiro
Ingresso - O estrangeiro
Divagando- Camille Claudel
Esta semana terminei de ler o catálogo da exposição de Camille Claudel – A sombra de Rodin, de curadoria de Romaric Sulger, quem eu tive o prazer de conhecer.
Antes de começar a falar de Camille, hoje eu me dei conta que as mulheres que mais admiro, quer seja na arte ou na literatura, tiveram uma vida trágica. Lembrei-me de Frida Kahlo, Flor Bela Espanca, Virgínia Woolf e Karen Blixen. Espero que não me lembre de mais nenhuma, senão vou achar que tenho um prazer pela tragédia. Não, gente, não é isso. O que mais destaco nestas mulheres são o alto valor estético e literário e a coragem ousada de romper com os padrões da época. Mesmo não tendo admiração pelo sofrimento não tem como não falar do mesmo para entender as obras de cada uma.
Nas primeiras linhas do texto do catálogo que li, Romaric escreve: “Uma vida longa com um espaço de tempo dedicado à criação tristemente curto, apesar de muito rico. Essa pode ser uma síntese da biografia da escultora Camille Claudel”. Nestas palavras ele falou tudo, mas... eu falarei um pouco mais desta autêntica escultora.
Não podemos falar de Camille sem a citação exaustiva do nome Rodin. Ela foi a única mulher a trabalhar com o escultor, destacando-se entre todos os seus ajudantes, além de o impressionar com sua beleza, habilidade técnica e entendimento da arte. Isto tudo atraiu Rodin. Ela era exímia no trabalho com mármore, e sua capacidade para esculpir pés e mãos garantia-lhe a confiança de Rodin. Tanta admiração e uma intimidade crescente resultaram em num relacionamento amoroso,conturbado e marginal já que ela convivia na condição de amante. Esta união durou quinze anos, entre momentos de paixão, brigas, um aborto e todo ciúme de Camille contra a esposa de Rodin. Como conseqüência sua reputação e moral, diante da família, dos artistas e dos intelectuais foram abaladas, iniciando um processo de isolamento, o que a fez perder, gradativamente, sua segurança emocional.
A discípula aprendeu muito com o mestre durante todo o tempo que trabalhou com Rodin. Houve uma fusão inextricável de participações de Camille na obra dele. As obras de um se confundem com a do outro. Porém, ela desenvolveu um estilo próprio e deu uma nova dimensão às obras de Rodin. Um ponto que eles discordavam de forma prática e teórica é que ela dava muita importância ao “movimento” na construção da escultura e Rodin privilegiava o “modelado”. Percebemos na maioria das esculturas dela braços longos demais, pernas além do normal e corpos desproporcionais, dando a ilusão de movimento, como vemos nesta escultura abaixo. (A valsa)
Esse distanciamento culmina no rompimento definitivo. Camille se fechou num universo pessoal o que viria a dilacerá-la. Muito ferida, ela passa a sentir por Rodin um ódio misturado com amor cultivando então uma paranóia.
Como não se pode garantir, na arte, uma obra imune às influências da vida de seu criador, percebemos que nas suas esculturas seus personagens não encaram o espectador e nem seu par. Seus casais não se olham, são cegos para o outro, fechados numa dor que procura a solidão. O que une esses casais, como na vida da própria Camille, é o segredo de amante é a culpa que não permitem que seus rostos sejam flagrados ao olhar-se, pois não resistiram, como a própria Camille, à verdade ou mentira do outro. (Abandom)
segunda-feira, 12 de abril de 2010
O Estrangeiro
No velório da mãe, Meursault se comporta de maneira estranha. Ele não chora, não se desespera, não demonstra nenhum sentimento de tristeza diante da perda. Todos os presentes condenam sua atitude. No dia posterior, mais atitudes estranhas acontecem, ele vai ao cinema com uma amiga e terminam a noite dormindo juntos.Passados alguns dias ele passeia na praia e mata um árabe. Simplesmente mata, tranquilamente apontou o revólver, puxou o gatilho e quando viu o corpo no chão ainda deu mais três tiros. É preso e no dia do júri ao ser questionado o motivo do assassinato ele simplesmente disse que fazia calor.
O absurdo se faz presente. E é o absurdo o foco da obra de Camus.
O absurdo não para por aí. Na prisão, esperando o momento da execução da pena de morte, um padre vai ao seu encontro para que Meursault se confesse e se arrependa de seus pecados. Mas, sem nenhum remorso ele nega Cristo e agride o sacerdote já que este enfurecido com a presença do mesmo. Sente alegria por seu ato. Pela primeira vez, ele demonstra sentimento, sai da inércia moral que se encontrava antes.
Meursault não encontra explicação nem consolo para os acontecimentos em sua trajetória, tudo ocorre à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está
Ficha Técnica:
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Direção: Vera Holtz e Guilherme Leme
Atuação: Guilherme Leme
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenografia: Aurora dos Campos
Trilha e Música Incidental: Marcelo H:
Divagando - Arte e realidade
Eu comecei este blog com a intenção de publicar a programação da produtora e dar dicas culturais da nossa cidade, mas como eu acho que é pouco eu vou aproveitar esta ferramenta para fazer posts relacionados a arte, que é uma paixão minha.
Vou intitular o marcador de “divagando”, um espaço de reflexões. Não achei nome mais interessante, porque é arte que me faz passear sem rumo.
Bom... ontem a noite, eu estava assistindo ao Fantástico e todas as reportagens (com uma certa hipérbole) foram a respeito da tragédia decorrente da chuva no Rio de Janeiro. Aí, lembrei-me de umas fotos da instalação do artista mexicano ,Ivan Puig, que tenho nos meus arquivos. Uma das coisas que acho interessante sobre a arte que é uma idéia, poder nos levar a um emaranhado de conexões com a realidade.
Foi esta a ligação que fiz entre a obra de Puig e o desastre causado pela chuva. Este acontecimento causou proporções diferentes em cada pessoa. Enquanto algumas veem o evento como as duas primeiras partes da instalação, onde a água invade, ameaça. Outras veem o acontecimento não com grande magnitude, porque não foram afetadas totalmente, não perderam tudo ou alguém com a água. Estas fazem a imagem do copo, onde a água não ultrapassou o limite do mesmo.
Se minha ligação é lógica(rsrsrsr)? Para mim foi. Para você pode não ser, enfim, a arte é realizar uma idéia à nossa conclusão lógica.
ANOTE AÍ - Aproveite a segunda-feira para assistir "Aqueles dois"
Aqueles Dois foi criado a partir do conto homônimo do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (1948-1996), publicado em sua primeira versão no livro Morangos Mofados (de 1982). No conto, como praticamente em toda a produção literária do autor, são múltiplas as citações ou simples menções a artistas e obras de áreas diversas, locações urbanas, letras de músicas, filmes e épocas variadas, em que o autor mistura, despudoradamente, seus universos biográfico e ficcional. Esse “ambiente” é transposto para o palco pela companhia, num espetáculo que chama atenção pela simplicidade e criatividade das soluções cênicas.”
Horário: 20h